Essas esculturas são feitas de ferro fundido,
pesadíssimas, penduradas por cordas de aço. Mas a sensação que passa é
de leveza, como se flutuassem. Não consigo falar muito sobre a
curiosíssima exposição Corpos Presentes - Still Being, do britânico Antony Gormley, no CCBB Brasília. Há uma admiração silenciosa em mim com que vi.
Dividida, aliás, expandida em cinco ambientes, o corpo humano masculino
apresenta-se nas mais diversas formas imaginadas pelo artista. O molde é
o seu próprio corpo. Gormley consegue com a dureza da matéria prima
expressar o interior do corpo, ou o que seria a essência que respira,
pois segundo ele "não se pode tocar o corpo sem considerar a alma". Há
na exposição algumas fotos do processo de confecção das esculturas. O
que se vê nas imagens de bastidores são várias pessoas trabalhando com
ferros de soldar a gás, como numa oficina mecânica. Mas isso não
desmitifica o impressionante trabalho. As expressões corporais, os
contornos anatômicos são de uma dramaticidade perfeita, convincente, que
dialogam com o nosso olhar atento.
As esculturas de tamanho real, denominadas Critical Mass II, as que mais me impressionaram, e liberadas para o visitante fotografar, estão expostas em um enorme galpão aberto do CCBB, que parece construído para essa finalidade.
E eu que achava que não conseguiria falar sobre o que achei, falei. O corpo fala, não tem como calar.
As esculturas de tamanho real, denominadas Critical Mass II, as que mais me impressionaram, e liberadas para o visitante fotografar, estão expostas em um enorme galpão aberto do CCBB, que parece construído para essa finalidade.
E eu que achava que não conseguiria falar sobre o que achei, falei. O corpo fala, não tem como calar.