quinta-feira, 18 de maio de 2006

Operação Cannes

William Friedkim dirigindo "Regras do jogo" (The rules of engagement), 2000. Foto Paramount Pictures

"Nem só de Palma de Ouro vive o Festival de Cannes. Alguns filmes de mostras paralelas, como a Quinzena dos Realizadores, começam a atrair atenções. Esta sexta-feira, é a vez de um dos longas fora de competição mais comentados em cartaz no festival ser exibido: 'Bug' do veterano cineasta americano William Friedkin.

Desde que 'O exorcista' (The exorcist), 1973, jogou uma maldição sobre o cineasta, descarrilhando uma carreira oscarizada por 'Operação França' (The french connection), 1971, o nome Friedkin é, constantemente, sinônimo de fracasso. No entanto, a 'bagaceira' história de amor entre Agnes (Ashley Judd), uma garçonete vitima da violência do ex-marido, e Peter (Michael Shannon), um ex-combatente traumatizado que vê insetos em todos os lugares, pode devolver ao cineasta um pretigio há muito perdido. Veremos depois de Cannes."


Enviado por Rodrigo Fonseca, de Cannes - 18/5/2006 - 11:02, Globo Online


Friedkin tem pelo menos três filmes bons nesse período de fracassos que o Rodrigo menciona: "O comboio do medo" (Scorcerer), 1977, "Parceiros da noite" (Cruising), de 1980 e "Viver e morrer em Los Angeles" (To live and die in L.A.), de 1985. Em 1972, logo após o sucesso de "Operação França", que lhe rendeu o Oscar de diretor e de ator para Gene Hackman, ele junta-se aos colegas Francis Coppola e Peter Bogdanovich e fundam a Director's Company, que não vai muito adiante. Friedkin era visto como o "menos talentoso". Não é bem assim. Há coisas piores em Hollywood.
Friedkin decidiu ser cineasta depois que assistiu ao clássico "Cidadão Kane" (Citizen Kane), de Orson Welles. Dirigiu vários programas para televisão antes de estrear no cinema com "Good Times", em 1967, onde lançou a cantora e atriz Cher. E na sua filmografia de quase 30 títulos, teve a ousadia de levar para a tela a comédia dramática com personagens homossexuais "Os rapazes da banda" (The boys in the band), o que não era muito comum lá por 1970. Voltou a abordar o tema no citado "Parceiros da noite".
Foi casado por dois anos com a atriz francesa Jeanne Moreau.

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu caro, cheguei até aqui através de um comentário seu no Foco Potiguar, uma das minhas leituras obrigatórias do mundo virtual. Gostei do que vi, sinceramente. Preciso voltar, claro. E como você também é uma pessoa ligadona em cinema, já aproveito para convidá-lo a participar de uma enquete promovida pelo Balaio sobre os 20 Melhores Filmes vistos por cinéfilos, em geral. Basta enviar a relação de filmes para o seguinte emeio: balaio86@oi.com.br /Abraços/