sexta-feira, 5 de maio de 2006

cartazes de cinema - 1


Inicio hoje uma série de postagens sobre cartazes de cinema. Filmes de todas as nacionalidades, gêneros e datas. A prioridade é o cinema.
Os cartazes sempre despertaram as atenções do espectador. É o primeiro contato que se tem com o filme, ali na frente do cinema, quando as salas de cinema tinham frente. Mesmo assim, hoje no mundo do multiplex, os cartazes em 3D e em proporções de um outdoor continuam atraindo os primeiros olhares, como se buscássemos o resumo do que veremos na tela.

O cartaz acima é do longa de estréia de Rogério Sganzerla (1946 – 2004), lançado em 1968. O cineasta catarinense radicou-se em São Paulo na década de 60, juntando-se a nomes como Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Ozualdo Candeias, José Mojica Marins, entre outros. Foi nascendo nessa época o chamado Cinema Marginal Paulista, tendo como espaço a Boca do Lixo, que agrupava não somente cineastas, mas também jornalistas, críticos, cineclubistas.

“O bandido da luz vermelha” foi um filme feito na Boca e sobre a Boca. Sganzerla escreveu o roteiro baseando-se nas proezas do marginal João Acácio Pereira da Costa, que roubava casas luxuosas na capital paulista, usando uma lanterna vermelha, daí o apelido dado pela imprensa da época. E Paulo Villaça tem uma atuação antológica no papel principal, assim como é inesquecível a presença de Helena Ignez, a musa do Cinema Marginal. Uma curiosidade: no elenco os cineastas Carlos Reichenbach e Maurice Capovilla, e a então desconhecida Sônia Braga.

A criador do cartaz é José da Costa Cordeiro, também produtor do filme.

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