quinta-feira, 1 de abril de 2021

nada a comemorar


Hoje, quando se relembra na página infeliz da nossa história os 57 anos do golpe civil-militar de 1964, as décadas de arbitrariedades, de prisões, de “suicídios”, de corpos em valas comuns, sumidos, jogados ao mar, com pais que não tiveram seus filhos de volta e filhos que não conheceram seus pais, com centenas de brasileiros que perderam o passado em cárceres e ainda ecoam em seus ouvidos a ira de seus carrascos, com a tortura como instrumento do Estado, o novo ministro da Defesa deste desgoverno genocida em seu primeiro ato administrativo ao assumir a pasta, publica Ordem do Dia Alusiva à fatídica data.

Não há nada a comemorar, general, sobre o passado e suas manhãs cinzentas, muito menos celebrar em meio à barbárie cotidiana da pandemia, pisando sobre mais de 317 mil cadáveres e 3.688 mortes no intervalo das últimas 24 horas.

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