Os presidentes do período da ditadura militar, ao sair do Executivo, não costumavam dar depoimentos, registrar suas impressões ao longo da vida pública. O general Ernesto Geisel, que governou e amedrontou de 1974 a 1979, justamente o que mais evitava a imprensa e historiadores, concedeu entrevista aos pesquisadores Maria Celina D’Araújo, doutora em ciências políticas, e Celso Castro, doutor em antropologia social, ambos do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, da Fundação Getúlio Vargas.
O encontro foi em 1993, três anos antes do falecimento de Geisel. O Brasil era presidido por Itamar Franco, clima de plebiscito para a escolha e a forma de governo, instituição da Unidade Real de Valor (URV), que deu início ao programa do Plano Real.
Geisel conversou horas e horas com os pesquisadores. Falou sobre a infância no Rio Grande do Sul, a formação profissional e intelectual, as funções na administração pública e experiência no Exército, sua participação nas ações na Revolução de 1930 e combate a Revolução Constitucionalista de 1932, e, obviamente, sua atuação no regime militar antes, durante e depois da presidência da República.
O resultado da longa entrevista resultou no livro Ernesto Geisel, publicado pela Editora Fundação Getúlio Vargas, 1997.
Na página 113, o general fala sobre a presença de militares no Congresso Nacional. Esse abjeto, esse inepto, esse gambá presigárcula com o tubo final dos intestinos no cérebro, essa alma sebosa que atualmente ocupa a cadeira de presidente no Palácio do Planalto com seu desgoverno genocida, à época deputado federal pelo Rio de Janeiro, é citado e devidamente classificado.
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