foto Marcos Hermes, 2008
- trecho do texto-manifesto de um dos mais importantes discos dos anos 60, o conceitual Bringing it all back home, de Bob Dylan, 1965.
Exposto na contracapa do álbum, a longa apresentação do então jovem cantor, disserta sobre as composições, a estética, a introdução das guitarras, tornando um disco dividido entre o acústico e o elétrico.
Dylan reconhecia suas limitações vocais, não era nenhum, dizia-se, “soft brazilian singer”: não era nenhum João Gilberto, a quem fez referência e reverência no texto. O cantor brasileiro já conquistara o público americano em 1959 com o seminal da Bossa Nova Chega de saudade, e acabara de lançar, em 1964, o ótimo Getz/Gilberto.
Dylan sabia que não era “um agradável cantor brasileiro / mas estava dando tudo para alcançar a perfeição”.
Caetano Veloso termina a canção Pra ninguém, gravada no disco Livro, 1997, dizendo “melhor do que o silêncio só João”.
Um mês depois de completar 88 anos, o “bruxo de Juazeiro” partiu hoje para o silêncio.
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