“Quisera escrever um verso tão pequeno
que coubesse no coração de todo mundo”
Assim Climério Ferreira começa o poema Desejo I, traduzindo o conceito afetivo do seu novo livro Poesia de quinta. Durante sete anos, sempre às quintas-feiras, o poeta mandou e-mails para amigos queridos e escrevia um “versinho” que cabia muito bem no coração de todos.
O piauiense-brasiliense Climério com sua poesia curta, suave e profunda, é um dos parceiros mais importantes com vários compositores da música cearense, do que se denominou no início da década de 70 de Pessoal do Ceará, como Ednardo, Fagner, Fausto Nilo, Petrúcio Maia, Vicente Lopes, além de canções com Dominguinhos e os irmãos Clodo e Clésio, com quem lançou discos ótimos, como São Piauí e Chapada do Corisco.
Discreto, minimalista, avesso às badalações, Climério só quer escrever seus “livrinhos”, como costuma dizer. Por mais que “se esconda”, é impossível não abraçar esse poeta de primeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário