Na madrugada do dia 20 de abril de 1997, cinco jovens de classe
média alta de Brasília, atearam fogo no índio pataxó Galdino Jesus dos
Santos, que dormia num ponto de ônibus no início da avenida W3 Sul. Os
burguesinhos alcoolizados e dementes acharam que o homem era mendigo, e
disseram que pretendiam fazer “apenas uma brincadeira”, como se isso
fosse "menos grave". O índio teve 95% do corpo queimado e faleceu horas
depois no hospital.
Galdino voltava das comemorações
do Dia do Índio, foi à Capital com outros sete líderes para pedirem
pela recuperação de Caramuru-Paraguaçu, sul da Bahia, que são terras
indígenas sagradas em conflito com fazendeiros. Chegou muito tarde
dessas reuniões, cansado, com fome e sono, e a dona de uma pensão na W3
Sul não o deixou entrar.
Em
2001 os quatro criminosos maiores de idade receberam pena de 14 anos de
prisão. Conseguiram alguns privilégios, como o direito de sair da
cadeia para trabalhar e, desde 2004, 10 anos antes do previsto, estão em
liberdade. Já foram vistos passeando em shoppings, filas de cinema,
festas... O único menor de idade, na época com 17 anos, ficou apenas
três meses detido numa instituição para menores infratores.
Hoje, 19 de abril, Dia do Índio. De todos os Galdinos.
Hoje, 19 de abril, Dia do Índio. De todos os Galdinos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário