"Aprendemos com a classe média | que vida vira um tédio | sem a televisão..."
Trecho da música "Somos uns compositores brasileiros", do disco "O azul e o encarnado", de Ednardo, de 1977. Quando foi la
nçado
eu não tinha grana pra comprar o vinilzão. Passava pela loja Tok
Discos, no centro de Fortaleza, e ficava babando esse e outros discos
que chegavam e tocavam me torturando a frustração. Mas consegui poupar
uns cruzeiros reservados para o cinema e comprei a fita K-7, que era bem
mais barato, claro. Que maravilha! Ouvia direto no toca-fitas CCE. E
pra economizar pilhas Rayovac, voltava a fita com caneta Bic quando
queria ouvir uma música novamente. É o caso dessa faixa, a quarta do
lado A, ou como estava lá no K-7, Programa 1.
O disco todo é muito bom: abre com "Está escrito", segue com "Pastora do tempo", onde tem a participação do Fagner, e vai com "Boi mandigueiro", vira pro Programa 2 com "Receita de fellicidade", "Como é difícil não ter 18 anos"... é, Ednardo, é difícil não ter mais essa idade... "meus vinte anos de boy, that's over, baby", como diz Zé Ramalho em "Chão de giz", em seu primeiro LP, de 1978.
Em 2001 "O azul e o encarnado" foi lançado em cd, pela BMG. Mas o que quero mesmo é comprar o vinil, que vivo vasculhando em sebos por aí.
Ah, na época achava essa rima meio forçada, "média" com "tédio", mas depois entende-se a proximidade dos sons das palavras, e a rima chega pela intenção, pelo recado. Como diz lá final da canção, "like you, sua voz", Ednardo, meu caro compositor brasileiro.
O disco todo é muito bom: abre com "Está escrito", segue com "Pastora do tempo", onde tem a participação do Fagner, e vai com "Boi mandigueiro", vira pro Programa 2 com "Receita de fellicidade", "Como é difícil não ter 18 anos"... é, Ednardo, é difícil não ter mais essa idade... "meus vinte anos de boy, that's over, baby", como diz Zé Ramalho em "Chão de giz", em seu primeiro LP, de 1978.
Em 2001 "O azul e o encarnado" foi lançado em cd, pela BMG. Mas o que quero mesmo é comprar o vinil, que vivo vasculhando em sebos por aí.
Ah, na época achava essa rima meio forçada, "média" com "tédio", mas depois entende-se a proximidade dos sons das palavras, e a rima chega pela intenção, pelo recado. Como diz lá final da canção, "like you, sua voz", Ednardo, meu caro compositor brasileiro.
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