Que notícia chata recebo agora... morreu ontem
à noite, aos 67 anos, um dos homens mais inteligentes que conheci: o
dramaturgo Alcione Araújo.
A palestra que ele deu na 1ª Bienal do Livro, aqui em Brasília, em abril passado, foi uma exposição de pensamento lúcido, antenado com os problemas da sociedade atual. Não somente eu, mas toda o público presente não se conteve em aplaudí-lo durante sua fala. Até mesmo o escritor Mária Prata, seu colega de mesa naquele dia, levantou-se para abraçá-lo.
A palestra que ele deu na 1ª Bienal do Livro, aqui em Brasília, em abril passado, foi uma exposição de pensamento lúcido, antenado com os problemas da sociedade atual. Não somente eu, mas toda o público presente não se conteve em aplaudí-lo durante sua fala. Até mesmo o escritor Mária Prata, seu colega de mesa naquele dia, levantou-se para abraçá-lo.
Eu já conhecia
Alcione pelos textos teatrais e de entrevistas. E estivemos juntos pela
primeira vez em 1991, em São Paulo, no 3º Taller de Guion, na Verbo
Filmes, quando coordenou as oficinas de roteiros para cinema do Brasil,
Argentina, Colômbia e Venezuela. As observações que ele fez ao roteiro
do meu curta "O último dia de sol" foram extremamente importantes. As
modificações que fiz e o que levei em definitivo para o set de filmagens
melhoraram bastante o trabalho, como a retirada de uma sequência de
flashback.
Encontrei-me depois poucas vezes com Alcione, em festivais de cinema e eventos literários. Este país já está tão carente de pensadores, e quando se vai um talento como Alcione Araújo, cai-se no lamento repetitivo da orfandade.
Encontrei-me depois poucas vezes com Alcione, em festivais de cinema e eventos literários. Este país já está tão carente de pensadores, e quando se vai um talento como Alcione Araújo, cai-se no lamento repetitivo da orfandade.
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