"Bruno Barreto me procurou, tinha sabido o enorme sucesso da peça e queria fazer um filme dela. Não gosto que adaptem minhas peças para o cinema, acho difícil essa transposição. Mas ele insistiu, insistiu, insistiu muito."
"Fui contratado como roteirista. Ao longo de uns seis ou sete meses de trabalho, tempo integral, a única coisa que o Bruno tinha como projeto no nosso trabalho era mudar a minha peça."
"Num belo dia, ele trouxe outro roteiro, de outro roteirista, sobre a minha peça, o que era absolutamente vedado pelos termos do nosso contrato. Ele estava rasgando o contrato."
"A versão final que me apresentou para filmagem era outra vez outro roteiro, com coisas minhas aqui e ali, personagens descaracterizados e a eliminação pura e simples dos conflitos básicos."
"Agora é que soube que, lamentavelmente, o filme não foi bem, afundou. Eu havia previsto."
Trechos da entrevista com o ator, diretor e dramaturgo Juca de Oliveira no jornal Correio Braziliense de hoje, onde ele fala, entre outros assuntos, sobre os atritos que teve com o cineasta Bruno Barreto sobre o filme "Caixa dois", lançado recentemente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário