Depois da morte do cineasta Robert Altman, no último dia 20, aos 81 anos, mais uma perda no cinema: o ator francês Philippe Noiret, o Alfredo, projecionista de "Cinema Paradiso" (Nuovo Cinema Paradiso), de Giuseppe Tornatore, que nunca saiu da cabeça do menino Totó (Salvatore Cascio), assim como o personagem jamais será esquecido pelo público, pelo sua memorável atuação.
Noiret faleceu ontem, aos 76 anos, de câncer. Deixou legado de impressionantes 125 filmes, entre eles, "O carteiro e o poeta" (Il Postino), de Michael Radford, 1994, no qual deu vida a Pablo Neruda.
Ator predileto do cineasta Bertrand Tavernier, fez com ele pelo menos dois filmes marcantes, pouco vistos no Brasil, "L’horloge de Saint Paul", de 1972, e "Que la fête commence", rodado três anos depois, onde contracena com o também ótimo Jean Rochefort, e no começo dos anos 90, "A vida e nada mais" (La vie et rien d'autre), que lhe valeu o prêmio Cesar (o Oscar francês). Em filmes dos quais não me lembro os títulos, fez par com Catherine Deneuve, Romy Schneider e Simone Signoret. "O velho fuzil" (Le vieux fusil), de Robert Enrico, de 1975, foi outro trabalho que lhe deu o Cesar. Lembrei-me: foi nesse filme que ele contracenou com a bela Romy.
Outro papel inesquecível foi no polêmico "A comilança" (Le grand bouffe), que tratou do suicídio por glutonaria e causou escândalo em Cannes em 1973. Dirigido por Marco Ferreri, o filme é uma fábula de humor negro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário