sábado, 11 de março de 2023

elegância da simplicidade


Foto: Acervo Família Albano

Leonardo Da Vinci dizia que "a simplicidade é o último grau de sofisticação". Uma máxima aplicável ao fotógrafo cearense Mauricio Albano.
Uma das pessoas da mais extensa doçura, “que traduzem a ternura mais funda e mais cotidiana”, como precisava Manuel Bandeira em Neologismo. Sua filosofia de viver as coisas simples, de valorizar as coisas simples, de viver simplesmente viver, era cativante para quem estivesse ao seu lado. E isso, claro, refletiu em seu trabalho de cinco décadas fotografando a vida. Foi still em dois filmes que dirigi, Um cotidiano perdido no tempo, minha estreia em 1988, e Walking on water, 1990, para a TV inglesa HouseTop. Honrado com sua presença na equipe, reverenciava-me e dizia-lhe que eu tinha começado abençoado no cinema.
Elegância da alma, fineza da alma, distinção da alma: a sofisticação que Da Vinci menciona.
E de maneira simples, em sua casa, que ele mesmo construiu próxima às dunas de Sabiaguaba, em Fortaleza, Mauricio se foi na manhã de 11 de março de 2015. Tinha 69 anos e a imensidão do mundo em seu coração, que não resistiu a um infarto.

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