Saudade, essa bela palavra substantiva feminina, essa expressão tão única na língua da última flor do Lácio, essa raiz em nosso coração do latim “solitatem” que desfolha no significado solidão, esse sentimento de nostalgia, essa ‘sodade’ a caminho de São Tomé na voz de Cesária Évora, essa delimitação do vazio que Olavo Bilac dizia que “é a presença dos ausentes”.
E assim,
"saudade" em Camões
é
“te extraño” em Cervantes,
“mi mancate” em Alighieri,
“I miss you” em Shakespeare,
“tu me manques” em Baudelaire,
“sehnsucht” em Goethe,
“tocka” em Dostoiévski,
“koishii” em Mishima,
“wo shiang ni” em Yu Xiang,
“brakujący” em Szymborska...
Em cearês saudade é Belchior: cinco anos hoje que na parede da memória é o quadro que dói mais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário