foto © João Machado
Hoje nos 119 anos de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, e diante o tempo em que vivemos, entre a pandemia e pandemônio, entre o caos e a esperança, entre a distopia e o sonho, recorro a uma colagem e ao colo dos versos de dois poemas, Consolo na praia e Poema da necessidade, respectivamente publicados nos livros Rosa do povo, 1945, e O Sentimento do mundo, 1940.
Vamos, não chores.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los.
Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Mas a vida não se perdeu.
Mas o coração continua.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus.
foto © João Machado
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