Michael Stuhlbarg, "Um homem sério". Foto Universal Pictures
"Um homem sério" (A serious man), de Joel e Ethan Coen, é um filme imperdível. Misturando judaísmo e um pouco de psicodelismo nos final dos anos 60, ao som de Jefferson Airplane, o roteiro tem uma narrativa incômoda e nonsense, retratando uma América incoerente e medíocre. O estilo de humor perturbado e aparentemente sem sentido que os cineastas apresentam é exatamente o que provoca essa reflexão. Coloquemos o filme com um relato "normal" da história de um angustiado professor judeu no seu cotidiano, e a leitura seria outra, sem o mesmo vigor, sem uma perturbação que estimule algum questionamento.
O filme foi sacaneado pelos "acadêmicos" do Oscar deste ano, com apenas uma indicação na categoria de Melhor Roteiro Original, e ainda perdeu a estatueta para "Guerra ao terror" (The hurt locker), de Kathryn Bigelow, que não é tão original quanto. Esperar o que de uma competição onde se dá o prêmio de melhor atriz para Sandra Bullock desbancando a atuação fundamental da desconhecida Gabourey Sibide em "Preciosa"?
Um comentário:
Ainda não vi. Vou conferir sua indicação. Achei "onde os fracos não tem vez" muito violento, mas é um bom filme também.
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