quarta-feira, 19 de julho de 2006

Raul Cortez, ator

"Lavoura arcaica", de Luiz Fernando Carvalho. Foto VideoFilmes

O ator Raul Cortez, de 73 anos, morreu nesta terça à noite no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido às complicações relacionadas a um câncer na região abdominal. O artista estava internado desde o último dia 30 de junho.

Cortez teve uma expressiva carreira no cinema, teatro e na televisão. Estreou no cinema em 1957, no filme "O pão que o diabo amassou", de Maria Basaglia, cineasta italiana casada com o produtor Marcelo Albani e que morou no Brasil nas décadas de 50 e 60.
Mas foi em "O Caso dos Irmãos Naves", de Luís Sérgio Person, em 1967, que Raul teve seu primeiro destaque no cinema, onde ele e Juca de Oliveira vivem os irmãos que confessam um crime que não cometeram, história baseada em fatos que aconteceram no interior de Minas Gerais, em pleno período do Estado Novo, em 1937.
Raul mais recentemente teve papel inesquecível em "Lavoura arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, pelo qual foi indicado ao prêmio de melhor ator no Grande Prêmio BR de Cinema, em 2002. "O outro lado da rua", de Marcos Bernstein, rodado em 2003, foi seu último trabalho no cinema. Nesse filme, depois de atuarem juntos por diversas vezes no teatro, marca o primeiro encontro de Cortez e Fernanda Montenegro no cinema. Foi igualmente indicado na categoria no Grande Prêmio de 2004.

No teatro, interpretou ano passado o personagem "Rei Lear", de William Shakespeare. Ator de Antunes Filho e de tantos outros mestres, Cortez era conhecido pela sua versatilidade e vontade de encarar projetos de novos autores.

Seu último trabalho foi na minissérie "JK", da TV Globo, no começo deste ano.

Um comentário:

Avati disse...

Infelizmente, nada vi do Cortez que não fosse baboseira da Globo, e se vi, não me recordo. Quero assistir "Lavoura Arcaica", porque disseram que é fantástico.
Enfim, toda estrela tem seu fim.

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