Foto: Carl de Souza, 2019
"Eu não sou de resistir, eu sou de reexistir."
- José Celso Martinez Corrêa em entrevista à revista Sesc TV São Paulo, edição 123, junho de 2017.
Ele, que dizia que o teatro era o seu corpo e o levava para qualquer lugar; corpo que tem a função de virar tudo pelo avesso, comunicar-se com toda a humanidade.
Corpo que tudo na alma incorpora, as ciências, as artes plásticas, a literatura, as religiões, a bruxaria e nenhuma igreja.
Corpo-teatro-terreiro sacro, profano, desfazendo a ditadura da lógica e da cultura ocidental capitalista cristã, e fez, desde 1958, um vento forte para o seu papagaio subir nos céus de sua Araraquara.
Ele, como na obra do pintor William-Adolphe Bouguereau, do século 19, O jovem Baco e seus seguidores, reproduziu no corpo-teatro os rituais em homenagem a Dioniso, deus do vinho, dos grãos, da fertilidade e da alegria.
Para ele peço salamaleikum, carinho, bênção, axé, shalom, e ficar pensando em tudo que é bom que ele viu, fez e nos deixou pra trilha clara do Brasil, apesar da dor.
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