Colagem: sitio catedrapessoa.uniandes.edu.co
“Vivemos da memória, que é a imaginação do que morreu; da esperança, que é a visão no que não existe; do sonho, que é a figuração do que não pode existir. Nesta trindade de vácuo.”
- Trecho de Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, sob o heterônimo de Bernardo Soares, uma espécie de diário íntimo poético, ou "uma autobiografia sem fatos", como ele denomina o primeiro capítulo. Fragmentado e reflexivo, curiosamente aproxima-se da prosa de um romance. Publicado em 1913, tem a atualidade das inquietações humanas.
Pessoa viveu dos sete anos de idade até a adolescência em Durban, na África do Sul. Foi para lá em virtude do segundo casamento da mãe com o cônsul de Portugal. Aprendeu inglês e era visto como um rapaz esquisito. Preferiu voltar para a terra natal, morar com a avó, criar seus heterônimos e fingir que o poeta é um fingidor.
Hoje 87 anos que Fernando e os Pessoas Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares viraram memória. Eternos no desassossego dos seus livros.
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