Mona Gadelha, cantora, compositora, jornalista. A história do rock, do blues e das canções cearenses não passa por ela: está nela. Nos anos 70, 80, as emoções perigosas de quem fazia música na contramão dos bons costumes do lugar, tinham em Mona a postura, o comportamento feminino de quem pinta com talento, coragem e beleza, a cor do sonho que a música nos traz.
E muito merecidamente, como referência e reverência, Mona foi convidada por um grupo de mulheres gente jovem reunida para inaugurar, hoje, o palco que leva seu nome na Casa Pagu Fest, um novo espaço da cena musical cearense, do divertimento das noites, no sintomático e pulsante bairro Benfica, em Fortaleza.
Esse encontro orgânico no mesmo chão da alegria de Mona Gadelha e Pagu é uma dessas tramas que o universo propicia: musas modernistas na música, na escrita, nas posições políticas e feministas, na reinvenção dos costumes, na costumização da ousadia, na diversidade de pensamento e gênero, nesse gesto antropofágico de resistência na via contrária da caretice institucionalizada.
Cantamos e dançamos com vocês, Mona e Pagu.
Ninguém larga o sonho de ninguém!
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