“Não são as imagens que fazem um filme, mas a alma das imagens”
A frase é de Abel Gance (1889-1981), cineasta francês.
Mais do que um pioneiro, foi um visionário na história do cinema. Criou a Polyvision, sistema embrionário de projeção de filmes que viria a se chamar Cinerama, que consiste em tela tríplice. Graças a esse recurso ele exibiu seu clássico Napoleón, rodado durante quatro anos, com três câmeras simultâneas, principalmente as sequências abertas de batalhas.
Na exibição foram usados três projetores separados que jogavam em cada tela cenas que se interligavam, dando a sensação volumosa de realidade. Isso em 1926!
Três anos depois Abel lançou o som estereofônico.
Considerado um lírico do cinema, Abel Gance atravessou duas guerras com o olho na câmera. Utilizou a tecnologia a favor da temática histórica e de uma dramaturgia impressionista, características que se pode comprovar numa filmografia de mais de vinte títulos.
O citado Napoleón, sua obra-prima, foi remontado e revisto na década de 30 e 70. Em 1979, o cineasta Francis Coppola relançou o filme com uma nova cópia e trilha sonora criada por seu pai, Carmine Coppola.
Abel sabia o que dizia, pois captava a alma das imagens.
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