A atriz americana Jayne Mansfield ficou conhecida por suas
artimanhas de publicidade, muito mais do que por seu "talento" nas
telas. Fazia de tudo para atrair a atenção de todos. Um dos principais
incidentes envolveu Sophia Loren.
Seus seios eram o foco de um
golpe de publicidade notória. Em 1957, durante um jantar em homenagem à
estrela italiana, no restaurante Romanoff, em Beverly Hills, Mansfield
entrou no local chegando mesmo, fazendo-se notar a cada passo
e rebolado, e "naturalmente" foi direto à mesa onde estava a convidada.
Chegou, cumprimentou, e sentou-se, separando Loren de seu companheiro
de jantar, o ator Clifton Webb. A intenção foi desviar a atenção da
mídia sobre a atriz, já consagrada em clássicos como Quo Vadis?, Noites de Cleópatra, O signo de Vênus, além de ser casada com o
grande produtor de cinema Carlo Ponti.
A sequência de fotos mais conhecida mostrou o olhar de Loren caindo sobre a decote de Jayne Mansfield, que se inclinou sobre a mesa, permitindo que seus seios ficassem à mostra, expondo um mamilo.
Sempre analisei essa imagem como um dos conceitos mais forte que definem uma narrativa cinematográfica. Ali não era um filme, claro. Mas na tela quando a expressão de um personagem desenha uma reação muito forte diante do que não vemos, mas conseguimos "ver" através desse olhar, o cinema atinge sua mais completa tradução. Cinema é sugestão. Cinema é também o que está fora do quadro. É o outro lado da lua.
A arte não imita, reflete a vida. Os volumosos e belos seios de Mansfield chamaram a atenção do mundo e dos presentes no Romanoff naquela noite. Mas foi o olhar de Sophia Loren que se cristalizou para sempre com o incidente. Sophia, atriz. Mansfield, estrela. Longa é a arte, breves os seios de Mansfield.
Nenhum comentário:
Postar um comentário