Rodrigo Moreno (D) dirige Julio Chávez em "EL custodio". Foto Rizoma FilmsO filme argentino "O guardião (El custodio), de Rodrigo Moreno, foi o grande vencedor do 16º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema e Vídeo, que se encerrou na noite desta quinta, 8, em Fortaleza. O filme ganhou os prêmios melhor longa-metragem, diretor e ator, o excelente Julio Chávez.
Receberam dois prêmios o documentário mexicano "Ao outro lado", (Al otro lado), de Natalia Almada, prêmio especial do júri e montagem, trabalho da própria diretora. O comovente e estranho "Madeinusa" (Madeinusa), produção peruana dirigida por Claudia Llosa, recebeu os troféus de melhor roteiro, assinado também pela diretora, e melhor fotografia, uma escolha mais do que justa ao belo trabalho do cubano Raúl Pérez Ureta.
O melhor curta-metragem escolhido pelo júri da categoria foi "O maior espetáculo da terra", de Marcus Pimentel, de Minas Gerais. O filme dividiu o prêmio de direção com "Viva volta", de Heloísa Passos, produção paranaense, que se tornou o recordista na premiação ao também ser escolhido em duas outras categorias, montagem e som.
Além do júri oficial, a crítica presente ao festival decidiu atribuir prêmios aos longas "O guardião", pelas novas perspectivas narrativas, e "As tentações do Irmão Sebastião", de José Araújo, pelo fôlego criativo e ousadia na abordagem de tema original.
Lamentável a não premiação do ótimo "Play", da chilena Alicia Scherson, que mereceria, no mínimo, por duas categorias, roteiro e atriz. Mas...
7 comentários:
O Ailton parece que não gostou muito do Cine-Ceará deste ano. Vejo que você acompanhou bem de perto e com os olhos bem abertos. Sertão de Memórias é um dos melhores filmes brasileiros pós-retomada. Fico curioso em relação ao segundo de José Araújo. É fácil ter uma cópia?
Eu nem posso dizer que naum gostei, já que nem cheguei a ir nem um dia. Mas é verdade que não me entusiasmei. O que vc achou do novo formato, Nirton?
Ailton, o novo formato do Cine Ceará foi uma experiência válida. O que não gostei foi o excesso de filmes latinos na seleção. Só dois longas brasileiros concorreram. Poderia ser meio a meio. Outra coisa que não me agradou foram algumas exibições em suporte digital. Nada como a velha e boa projeção em 35mm.
Mas Ailton, você poderia pelo menos ter aparecido lá pela frente do São Luiz... mesmo sem o Carlão por lá.
Marcos Aurélio, o novo filme do Zé Araújo tem um fôlego surpreendente e ousado, aborda um tema dífícil.
Não é filme que agrada facilmente. Ou se ama, ou se odeia. Poderia ser reduzido pra uma hora e meia de duração, mas ele, Zé, não abre mão das duas horas e vinte sete minutos, o que dificulta a distribuição. Pessoalmente prefiro o "Sertão das memórias".
Tô fazendo uma apanhado mais detalhado e crítico do Festival para uma postagem próxima, incluindo aí os curtas.
Verdade, Nirton. Mas me faltou coragem de ir para o evento. Ando meio mole pra sair mesmo. Você foi a todos os dias?
Fui a todos os dias, Ailton.
Meu caro, sempre pergunto para meus botões: Afinal, com tanta diversidade, com tanto sendo produzido, porque as salas de cinema ainda teimam em agendar filmes tipo block? Ou as redes de televisão?
Caro Eugênio, eu também me faço essa pergunta.
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