"É o fundo do poço, é o fim do caminho / no rosto um desgosto, é um pouco sozinho..."
- Tom Jobim, em Águas de março, gravada inicialmente em 1972, no compacto simples Disco de Bolso, um projeto d’O Pasquim (de um lado, O Tom de Jobim, no outro, O Tal de João Bosco, com Agnus Dei), e no disco Matita Perê, que o autor lançou um ano depois pela Philips/Phonogram.
No livro Tons sobre Tom, de Marcia Cezimbra, Tessy Callado e Tarik de Souza, resultado de 12 horas de entrevista com o maestro, publicado em 1995 pela Editora Revan, revela como foi composta essa obra-prima, inspirada depois de um dia cansativo de Tom preparando o repertório de Matita Perê.
Isolado no sítio do Poço Fundo, em São José do Vale do Rio Preto, região serrana do Rio de Janeiro, o compositor comentou com Thereza, sua então esposa, ao voltar de uma caminhada pelo mato: “é pau, é pedra, é o fim do caminho"... e a letra começou a ser rascunhada num papel pardo de embrulho que estava à mão do autor.
Falecido em 1994 aos 67 anos, hoje celebra-se o aniversário de 96 anos de nascimento.
O maestro à beira do Rio Preto, 1987. Foto de Ana Lontra Jobim, do livro "Ensaio Poético: Tom e Ana Jobim", Editora Jobim Music, 1987.
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