Um casal de idosos convida a grande família para a ceia natalina. Casa cheia, gritos das crianças, conversas em voz alta, segredos, fofocas, presentinhos, risos... Uma felicidade!
Na mesa da ceia, a matriarca anuncia a indigesta decisão que o casal está velho para continuar vivendo sozinho, e decidiram que vão morar com um dos filhos ou filhas. Pronto! A festa da sagrada família vira uma batalha com fios dourados de ovos e spaghetti a bolonhesa entre todos, cada um tentando se livrar da incômoda responsabilidade.
Esse é o enredo do ótimo filme de humor ácido Parente é serpente, produção italiana de 1992, dirigida por Mario Monicelli.
O título é também apropriado e atualizável a outro Parente, o Pedro, que quer vender de vez a Petrobras a grupos internacionais, e atendendo a interesses cretinos, reduziu a produção de combustível para importar diesel e gasolina mais cara, enfiando na goela abaixo do consumidor brasileiro a nova política dragoniana dos compradores. E o tal Parente, entre jantares e entrevistas cínicas, tenta se livrar da incômoda responsabilidade.
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