domingo, 25 de fevereiro de 2018

o Conde do Planalto

Arte-colagem: TT Catalão
O escritor inglês David Glover em seu livro Vampires, mummies, and liberals: Bram Stoker and the politics of popular fiction, 1996, diz que a reinvenção do mito do vampiro na era moderna não ocorreu sem uma certa dimensão política.
Em sua análise, o aristocrático Conde Drácula, sozinho no seu castelo com serviçais dementes, surgindo apenas durante a noite para alimentar-se dos seus súditos, é simbólico da natureza parasitária do Ancien Régime – referindo-se ao sistema social e político aristocrático que foi estabelecido na França dos séculos 15 a 18, com regime centralizado e absolutista em que o poder era concentrado nas mãos do rei.
Qualquer semelhança com o vampiro neoliberal do enredo da Paraíso do Tuiuti tem tudo a ver.

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