Em 2007 dirigi um documentário, em curta-metragem, sobre o artista plástico cearense Antonio Jader Pereira, ou bem melhor, Dim, como assina, como é conhecido, como é chamado, como é querido.
Conheci Dim em 1998, quando trabalhou na equipe de cenografia do meu filme "O último dia de sol". Com uma maestria impressionante em carpintaria ele recompôs um velho vagão de trem para que se tornasse um daqueles de 1964, época em que se passava a história.


Sempre que podia, estava no seu atelier, acompanhando suas mãos mágicas na confecção de uma peça, na fascinante explosão de cores de um quadro, isso enquanto ouvíamos a Rádio Senado e ríamos dos discursos absurdos de suas excelências. E o melhor ainda era ouvir as histórias que o Dim contava, de sua infância na bela cidade sertão-litoral Camocim, dos personagens verdadeiros que habitavam o coração do menino observador e sapeca. E um dia falei, de súbito, "cara, tua vida dá um filme".
Ele levou à risca meu comentário e tempos depois, de cara, de supetão: "se eu conseguir a grana, você faz o filme?". "Claro." Escrevi o roteiro, ele conseguiu a grana, vendendo seus quadros, um apoio daqui e dali, colocou projeto na Secretaria de Cultura do Ceará e seguimos pra Camocim e Pindoretama, onde hoje mora, a 40 quilômetros de Fortaleza.
O filme, "Dim", foi selecionado para o 18º Cine Ceará Festival Ibero-americano de Cinema e Vídeo, 4º Curta Canoa Festival Latino de Cinema e Video e 8ª Mostra Curta Taguatinga de Cinema e Video, além de exibições em escolas e eventos audiovisuais.
A lembrança desse trabalho, que tive o prazer de realizar, veio-me agora ao ler uma ótima matéria sobre o Dim no blog da Folhinha, página virtual da Folha de São Paulo, que se destina a interação das crianças com o suplemento publicado aos sábados no jornal. Na matéria tem reprodução de alguns de seus trabalhos.
12 comentários:
Gostei muito de ver o trem!!!!!
Como disse a Manu, quando eu crescer quero ser grande.
Abççsssssssssssssss
Caro Nirton!!!
Parabéns a você pelo lindo trabalho que produziu sobre o filme Dim, um tema cativante, lúdico e merecedor desses reconhecimentos.
A matéria perfeita e vcs super felizes bem sei... depois de um grande esforço para produzir o filme com a garra e a coragem.
Abraços
Dioneide,
fazer cinema é difícil, é muito caro. Mas é fascinante. Principalmente quando a gente se abraça a um personagem igualmente fascinante como o Dim.
Dim, meu caro, ainda faremos mais filmes!
O Dim nem sabe, mas ele é especial para mim, foi através dele que cheguei até voce !! A arte que aproxima e faz amigos.
É mesmo, Karla! Sabia que eu não me lembrava desse detalhe? Que bom! Viu aí, Dim?
Pois é meu caro, a arte aproxima as pessoas. Que bom!
Brinquedim, brinquetu, brincamos nós.
Um abraço pra Karla.
Nirton, não conheço esse teu filme, como se faz pra ver?
Bertini, vamos conversar por e-mail, lhe mando uma cópia.
Gostei di cartaz. Mais ainda de participar dos dis filmes. O último trabalhando e o mais antigo, mais que apredendo,vendo o cinema acontecer.
E eu gostei muito de ter você na equipe e na inspiração, Rubens!
Amigo, poderia falar mais sobre o vagão? Também tenho um blog, se chama O Blog Ferroviário. Abraço
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