"O homem nasce para viver. Ele cria a vida. Ele venera a vida. Ele adora a vida. Ele cria a vida nova. Mas lá no fundo de nossas almas existe um instinto que deseja a morte. Fica fácil quando ela chega. Não é muito forte não, esse instinto - só é preciso uma vez! Foi isso que nós vimos na escuridão; é o fantasma adormecido que nós despertamos, e criamos, e vestimos de preto! Um fantasma se alimentando da morte, criando a morte e exultando na morte!"
Pesado o texto, hem? É uma das falas do ator Vincent Price (foto) no filme "A casa do terror" (Mad house), de 1974, onde interpreta um ator de filmes de horror de Hollywood, Paul Toombes, e seu mais importante personagem, o Dr. Morte (Dr. Death), astro de inúmeras películas do gênero. Após a morte misteriosa de sua noiva Ellen Mason (Julie Crosthwait), uma ex-atriz de filmes pornô, que teve sua cabeça decepada na festa do noivado... e por aí vai! Um filme dentro do filme. O roteiro é macabro mesmo, típico dos filmes B, muitos deles baseados em contos de Edgar Allan Poe.
Revistos, esses filmes têm um charme. Um charme kitsch pela forma, estilo e contexto de produção. Com todas essas possíveis limitações, são filmes que estão anos-luz distantes e acima das "Sextas-feiras 13", "Massacres da serra elétrica" e congêneres que ensanguentam com efeitos digitais os multiplex de hoje.
E o elenco que compunha era de atores não somente talentosos, como elegantes, de porte altivo, gestos nobres, a exemplo de Peter Cushing, John Carradine, Christopher Lee e o aqui revenciado Price, que faleceu em 1993, aos 82 anos.
Três anos antes, Vincent Price fez sua última aparição nas telas, contracenando e roubando a cena em "Edward mãos de tesoura", para a honra de Johnny Depp.
Revistos, esses filmes têm um charme. Um charme kitsch pela forma, estilo e contexto de produção. Com todas essas possíveis limitações, são filmes que estão anos-luz distantes e acima das "Sextas-feiras 13", "Massacres da serra elétrica" e congêneres que ensanguentam com efeitos digitais os multiplex de hoje.
E o elenco que compunha era de atores não somente talentosos, como elegantes, de porte altivo, gestos nobres, a exemplo de Peter Cushing, John Carradine, Christopher Lee e o aqui revenciado Price, que faleceu em 1993, aos 82 anos.
Três anos antes, Vincent Price fez sua última aparição nas telas, contracenando e roubando a cena em "Edward mãos de tesoura", para a honra de Johnny Depp.
Um comentário:
você mencionou uma coisa interessante: a elegância desses atores. Com raras exceções não se vê mais isso.
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