"Sou um homem da paz. Mas a paz tem um inimigo: a passavidade."
Augusto Boal, teatrólogo, falecido ontem aos 78 anos.
Boal foi um dos mais lúcidos homens de teatro que este país já teve. E continuará tendo, apesar da sua ausência física que marcará os palcos.
Era admirável seu espírito de contestação, que se destacou principalmente contra o golpe militar de 64. Boal dizia que não lhe incomodava perder "quando existe um debate ideológico e social, mas ser derrotado por um Estado armado, com canhões e tanques de guerra, dá uma tristeza enorme."
Sua filosofia de encenação teatral unia reflexão social e ação política, calcada na educação, na cidadania, nos princípios pedagógicos. Não foi por favores que o jornal inglês The Guardian o considerou o reinventor do teatro político. Torci muito por quando seu nome foi lembrado para o Nobel da Paz, ano passado.
Uma pena homens grandiosos como Boal partirem, enquanto uma canalhada continua dando o ar de sua desgraça neste país.
4 comentários:
uma vez assisti uma entrevista dele na televisão, e realmente o cara me merece admiração
Admiráveis o trabalho,a pessoa, a contestação, a esperança!
Grande Boal!
Grande Boal, Bertini!
Postar um comentário