domingo, 3 de maio de 2009

o homem da paz

foto Tyatro Art

"Sou um homem da paz. Mas a paz tem um inimigo: a passavidade."

Augusto Boal, teatrólogo, falecido ontem aos 78 anos.

Boal foi um dos mais lúcidos homens de teatro que este país já teve. E continuará tendo, apesar da sua ausência física que marcará os palcos.

Era admirável seu espírito de contestação, que se destacou principalmente contra o golpe militar de 64. Boal dizia que não lhe incomodava perder "quando existe um debate ideológico e social, mas ser derrotado por um Estado armado, com canhões e tanques de guerra, dá uma tristeza enorme."

Sua filosofia de encenação teatral unia reflexão social e ação política, calcada na educação, na cidadania, nos princípios pedagógicos. Não foi por favores que o jornal inglês The Guardian o considerou o reinventor do teatro político. Torci muito por quando seu nome foi lembrado para o Nobel da Paz, ano passado.

Uma pena homens grandiosos como Boal partirem, enquanto uma canalhada continua dando o ar de sua desgraça neste país.

4 comentários:

zeus disse...

uma vez assisti uma entrevista dele na televisão, e realmente o cara me merece admiração

Nirton Venancio disse...

Admiráveis o trabalho,a pessoa, a contestação, a esperança!

Bertini disse...

Grande Boal!

Nirton Venancio disse...

Grande Boal, Bertini!