terça-feira, 5 de maio de 2009

o dono do MARanhão

foto Arquivo NV

Minha terra tem Sarney,
onde exige governar;
o Sarney, que aqui governa,
manda Roseana governar.


O Sarney tem mais senadores,
o Sarney tem mais desembargadores,
o Sarney têm mais governadores,
com Sarney se passa horrores.


Se Sarney cismar, à noite,
mais Sarney encontro eu lá;
minha terra tem Sarney,
onde Roseana vai governar.


Minha terra tem Sarney,
que tais Sarney não encontro eu cá;
se Sarney cismar — à noite —
mais Sarney encontro eu lá;
minha terra tem Sarney,
onde Roseana vai governar.

Permita Deus que Sarney morra,
se não Sarney volta pra lá;
e desfrute dos caprichos
que Sarney encontrou por cá;
se Sarney me ver apelar,
o Sarney vai me cassar.


O amigo Afonso C. me enviou essa paródia da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. Intitulado "Canção do exílio de Jackson Lago", assinado por Luiz Clédio Monteiro, o arremedo burlesco está um pouco forçado, os versos se atropelam e a composição muito longe da sonoridade poética do grande poeta do século 19, igualmente maranhense.

Mas vale a contestação. Jackson Lago não é flor que se cheire, utilizou os mesmos mecanismos que Sarney usou deste 1965, quando se elegeu governador pela primeira vez; mas a forma como ele foi ejetado de sua cadeira no Palácio dos Leões é totalmente descabida.

4 comentários:

Bertini disse...

oi, Nirton, coincidência, estive neste feriado em São Luiz, e realmente notei que o pessoal não tá engolindo o roseana como governadora, preferem o velhinho jackson lago, dizem que dos males o menor.

Nirton Venancio disse...

pena ter que se contentar com dos males o menor...
O certo seria uma nova eleição pro maranhenses escolherem.

zeus disse...

esse cara não some!

Anônimo disse...

E no Maranhão: “Deste solo que eu amo, desse povo que eu piso, que que eu sou? Que eu sou? Que que eu sou? Sois rainha! Sois rainha! Sois rainha!”