segunda-feira, 3 de novembro de 2025

esquina equatorial


Equatorial, uma das belas composições de Lô Borges, de 1979, em parceria com o Beto Guedes e o irmão Márcio Borges, fala sobre uma jornada pessoal de busca incessante (“eu vou sair outra vez, / onde morre a trilha do meu silêncio / vou te buscar”).

O poeta percorre o tempo e o espaço simbolizados pela repetição dos versos, como um mantra. “Pela noite equatorial” e “Pelo dia equatorial” ele sempre vai sair outra vez em busca de algo maior.
No documentário Nada será como antes - A música do Clube da Esquina, de Ana Rieper (2024), há uma sequência em que Lô Borges ao lado de Márcio saem do Edíficio Levy, onde moravam, em Belo Horizonte, e caminham pelas ruas em direção à esquina que virou clube daquela turma. Lô fala da composição.
A sequência é editada com imagens de ruas da década de 60, o que dá um efeito de viagem no tempo em direção ao que foi e nada será como antes.
Lô Borges partiu nesta manhã. Dobrou a esquina aos 73 anos.
“Clara dor tropical” de uma saudade.

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