quarta-feira, 30 de julho de 2025
segunda-feira, 28 de julho de 2025
sexta-feira, 25 de julho de 2025
ex libris Umberto Eco
“Tenho muitas experiências que são, penso eu, comuns a todos que possuem muitos livros (agora tenho cerca de quarenta mil volumes, entre Milão e minhas outras casas) e a todos que consideram uma biblioteca não apenas um lugar para guardar livros que já leu, mas principalmente um depósito para livros a serem lidos em alguma data futura, quando sentir necessidade de lê-los. Muitas vezes acontece que nossos olhos caem em algum livro que ainda não lemos, e ficamos cheios de remorso”.
- Umberto Eco em Sobre a literatura (Record, 2002), livro de ensaios e discursos proferidos ao longo de sua ilustre carreira.
O escritor busca entender a química de sua paixão pela palavra. De reflexões sobre Ptolomeu e "a força do falso" a considerações sobre a escrita experimental de Borges e Joyce, a inteligência luminosa e o conhecimento enciclopédico de Eco estão em exibição deslumbrante por toda parte. E quando ele revela suas próprias ambições e superstições, suas ansiedades e medos autorais, sentimo-nos no jardim da literatura que ele tantas vezes alude.
Abaixo, sequência de abertura do documentário Umberto Eco: Uma biblioteca do mundo, de Davide Ferrario, 2022.
Eco caminha pelos corredores abarrotados de livros de sua casa em Milão, em busca de um determinado volume que encontra entre mais de 30 mil.
A filmagem foi realizada em 2015, um ano antes de partir, aos 84 anos, para a grande biblioteca, como Borges imaginava o Paraíso.
Não há praticidade asséptica de kindle que substitua o prazer tátil de um livro.
terça-feira, 22 de julho de 2025
o último take
Foto: Dani Sandrini
“Zita Carvalhosa portava sempre algo de primaveril, para a vida dos próximos e para o cinema brasileiro. Catalisar jovens talentos foi seu maior e raro dom’’, disse Amir Labaki, diretor do Festival de Cinema É Tudo Verdade, sobre a morte hoje, aos 65 anos, da queridíssima produtora, idealizadora e fundadora, em 1989, do Kinoforum — Festival Internacional de Curtas de São Paulo, evento que dirigiu por 35 anos.
O “algo de primaveril” que Labaki adjetiva é uma das doçuras que me encantava em Zita. Seu ar esguio, silencioso, em seu rosto Modigliani ao andar e sorrir, como um take de um filme campesino de Humberto Mauro.
Entre tantos e tantos e tantos trabalhos de Zita Carvalhosa para o cinema brasileiro, está a produdora SuperFilmes, com um perfil para projetos independentes e produções dirigidas por mulheres.
Os encontros nos festivais e outros eventos de cinema foram marcantes para nesse fôlego de saudade parafrasear Caio Fernando Abreu:
"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos."
segunda-feira, 21 de julho de 2025
domingo, 20 de julho de 2025
sexta-feira, 18 de julho de 2025
terça-feira, 15 de julho de 2025
o instante me capta
Estou sem apoio sobre rodas
o sol e a estrada testemunham o vazio
meus perigos, os perigos do mundo.
quis amar a ausência sem sofrer
desejos se localizando macios
pecorrendo caminhos
finalizando em suspiros.
Estou em perigo sobre nuvens
novamente o vazio me mostra o pleno.
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A contemplação crítica da bela poesia de Ieda Estergilda, cearense há muitas saudades residindo em São Paulo, passando antes pelo sítio espacial de Brasília.
Os 30 poemas que compõem o seu quinto livro, Pandemonias (Editora Patuá, 2024), foram escritos naquele tempo recente sob o céu que não nos protegia: o vírus no ar "pecorrendo caminhos".
Os versos sem necessidade de rebuscamentos linguísticos, na grandiosidade da simplicidade e diretos como um abraço, "testemunham o vazio".
Sem sucubir, a poesia ousa "olhar a água", seja na lama; "a claridade", seja no fundo.
A poesia mostra o pleno.
domingo, 13 de julho de 2025
a bandeira do rock
Foto ©Phil Dent / News Group Newspapers
Em 13 de julho de 1985, o irlandês Bob Geldof, ex-vocalista da banda Boomtown Rats, organizou o show Live Aid, que ocorria simultaneamente em Londres e Filadélfia, reunindo vários nomes famosos não somente do rock, como Led Zeppelin, The Who, Rolling Stones, Black Sabbath, também do blues, como B. B. King, e figuras emblemáticas da contestação política nos anos 60, como Joan Baez.
O objetivo era chamar a atenção para a miséria no continente africano, a partir da Etiópia. Muita música, discursos engajados, pressão em cima dos governos ricos para perdoar dívida externa dos países pobres. Se a intenção deu resultados práticos ao longo desses anos, é discutível. Pelo menos, por ocasião do show, e uma segunda edição em 2005, angariou fundos para a causa.
Desde então comemora-se neste cabalístico 13, o Dia Mundial do Rock.
sábado, 12 de julho de 2025
segunda-feira, 7 de julho de 2025
sábado, 5 de julho de 2025
quinta-feira, 3 de julho de 2025
quarta-feira, 2 de julho de 2025
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