foto American Tablet Magazine
Marshall Berman, escritor e filósofo norte-americano, falecido em 2013, aos 72 anos, foi um dos grandes pensadores da modernidade.
Seu livro mais conhecido, Tudo que é sólido desmancha no ar: A aventura da modernidade, de 1982, lançado no Brasil em 86, é uma análise interessantíssima do que seja modernismo e do que se diz pós-moderno.
O título da obra é uma alusão ao pensamento exposto no Manifesto Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels, de 1848, que por sua vez remete a um verso de A Tempestade, de William Shakespeare, 1610, dito pela jovem Miranda, filha do Duque Próspero. À propósito, em outro momento na peça, a personagem exclama “Oh! Brave New World”, que viria a ser título do distópico livro de Aldoux Huxley, em 1932.
Na obra de Berman, os clássicos Goethe, Baudelaire, Dostoiévski, as vanguardas do século passado, todos passam pela dissecação crítica desse nova-iorquino que ia na contramão dos conceitos capitalistas e bélicos de seu país.
Modernismo nas ruas - Uma vida e tempos em ensaios, seu último livro, concluído um pouco antes de sua morte, lançado em 2017, como um remate expressa perfeitamente seu pensamento. Estão ali dezenas de ensaios sobre os agitados anos 60, escritos sobre rock e hip hop, apontamentos sobre grandes nomes da literatura, de Franz Kafka ao turco Orhan Pamuk, Nobel de 2006.
Um teórico urbano e seus contornos de cultura beatnik, Berman fez uma espécie de autobiografia na defesa lírica do modernismo.
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