Lá pelo começo de 1800, um camponês alia-se a uma sociedade irlandesa
revolucionária, numa luta contra os colonizadores ingleses. Em Dublin,
junta-se a um famoso rebelde, e apaixona-se por sua filha. E o romance
segue em meio a tiros, emboscadas, capturas, resgates, na rota da resistência.
Pode parecer enredo de filme sobre o IRA e os conflitos na Irlanda, como fizeram Ken Loach no excelente "Ventos da liberdade", Jim Sheridan com "Em nome do Pai", Carol Reed nos anos 40 com "O Condenado", Neil Jordan no denso "Michael Collins", "Domingo sangrento", de Paul Greengrass, e entre muitos outros que não me vêm à memória agora, David Lean no ótimo "A filha de Ryan".
Mas a sinopse é de "Sangue rebelde" (Captain Lightfoot), de 1955, que o alemão Douglas Sirk rodou em Hollywood quando deixou seu país em 1937 fugindo do Nazismo, ao lado de sua mulher judia.
O filme abriu ontem a Mostra Douglas Sirk - O Príncipe do Melodrama, no CCBB Brasília, produção local de Daniela Marinho, com apresentação de sua filmografia, e alguns títulos de cineastas de se assumem influenciados pelos dramas "sirkianos", como Todd Haynes e Rainer Werner Fassbinder - o que pode parecer surpreendente para muitos. Até Almódovar se diz admirador de seus filmes. E mais: no catálogo da mostra há um ótimo texto de Jean-Luc Gordard louvando "Amar e morrer" (A time to love and a time to die), originalmente publicado na Cahiers du Cinéma em 1959.
A exibição de abertura teve um certo ar de nostalgia: Rock Hudson, Barbara Rush, cópia em Cinemacospe, o Technicolor, o happy end. Não vale cobrar o realismo de Ken Loach. É Douglas Sirk.
Pode parecer enredo de filme sobre o IRA e os conflitos na Irlanda, como fizeram Ken Loach no excelente "Ventos da liberdade", Jim Sheridan com "Em nome do Pai", Carol Reed nos anos 40 com "O Condenado", Neil Jordan no denso "Michael Collins", "Domingo sangrento", de Paul Greengrass, e entre muitos outros que não me vêm à memória agora, David Lean no ótimo "A filha de Ryan".
Mas a sinopse é de "Sangue rebelde" (Captain Lightfoot), de 1955, que o alemão Douglas Sirk rodou em Hollywood quando deixou seu país em 1937 fugindo do Nazismo, ao lado de sua mulher judia.
O filme abriu ontem a Mostra Douglas Sirk - O Príncipe do Melodrama, no CCBB Brasília, produção local de Daniela Marinho, com apresentação de sua filmografia, e alguns títulos de cineastas de se assumem influenciados pelos dramas "sirkianos", como Todd Haynes e Rainer Werner Fassbinder - o que pode parecer surpreendente para muitos. Até Almódovar se diz admirador de seus filmes. E mais: no catálogo da mostra há um ótimo texto de Jean-Luc Gordard louvando "Amar e morrer" (A time to love and a time to die), originalmente publicado na Cahiers du Cinéma em 1959.
A exibição de abertura teve um certo ar de nostalgia: Rock Hudson, Barbara Rush, cópia em Cinemacospe, o Technicolor, o happy end. Não vale cobrar o realismo de Ken Loach. É Douglas Sirk.
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