Mas se formos meditar mesmo sobre esta frase vamos perceber algo muito interessante. O "oxente" nosso vem do ingles "Oh, shit" que quer dizer "Ih, que merda" e foi introduzido no nosso portugues pelos engenheiros britanicos que construiram as nossas estaradas de ferro no comecinho do seculo passado. Enquanto o "OK" vem, na verdade, do grego (Ola kala) e quer dizer "tudo bem". Entao, na verdade, seria preferivel preferir o OK, ja que o portugues deriva, em muito, do grego ao inves do Oxente que eh uma sutil imposicao cultural dos grigos na nossa lingua. Alem do mais, o OK eh universal, presente nao apenas no ingles mas em todos as linguas modernas.
Marinho, suas observações etimológicas lembram as explicações recorrentes para "forró", que teria vindo de "for all", quando os americanos ocupando nossa Rio Grande do Norte sob os auspícios do Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra, teriam "inventado" o termo em relação ao... forró. Até onde sei, a expressão "oxente" tem sua origem na frase "Oh minha gente", que logo foi reduzida para "Oh gente!". De acordo com forma de falar na região, que usualmente pronuncia GE como XE ou RRE, o termo tomou a forma de "Ôxente". (E eu fico como o Suassuna, ok?)
Nirton, lembra daquelas fotos que te mandei dos americanos no campo do Pici, e que aparece já o termo PICI FIELD, derrubando, portanto aquele folclore de que o nome do bairro viria de "Post of command"?
Voces podem estar certos, e se estiverem, estarao certos sobre a parte do "Oxente"; quanto ao OK, nao ha disputa quanto a isso. Mas, meu caro Nirton Venancio, a explicao sobre o oxente nao me convence porque se assim o fora o "oxente" seria pronunciado, pelo menos em algumas regioes do Ceara como "Orrente". E nao eh o caso. Alem do mais, o oxente e o "oh, shit" tem a mesma funcao semantica nas duas linguas e sao pronunciados quase da mesmissima maneira.
Marinho, que "oxente" é uma forma aglutinada de "oh, gente", eu não tenho dúvidas. As variações de pronúncia são possíveis, sim. Não somente a verve radical (e válida) do Suassuna, quanto as afirmações e estudos de folcloristas como Câmara Cascudo, Veríssimo de Melo, e outros que agora não me recordo os nomes, já me convenceram sobre o "oxente". Mas o bom mesmo é essa inquietação: a unanimidade é muito monótona, nénão?
Para mim o que interesa é o que está implícito na mensagem do Arianoi Suassuna, ou seja: "prefiro preservar a minha cultura do que me submeter ao colonialismo cultural".
... mar meu povo deixem de estrepolias, e rumbora fazer marmotas num forró que é mió, ramo se avexe, oxente tá tudo OK!!! E num se enfezem naum, rsrs...
Paulo, quando coloquei a frase do Suassuna a minha intenção era exatamente essa: a mensagem implícita. Sou um defensor (às vezes até chato - e assumo) da nossa língua portuguesa, da nossa identidade cultural, de nossos valores históricos.
É essencial se manter a coerência durante uma conversa, mas também acho legal quando, depois de se entender a opinião do autor, o assunto principal vira como que um mote, e a conversa, que começou de um jeito, vai se perdendo pelo caminho, até a gente não saber mais nem do que estava falando! Pode acabar não dando em lugar algum, mas a gente de diverte um bocado!
15 comentários:
apois ; )
Mas se formos meditar mesmo sobre esta frase vamos perceber algo muito interessante. O "oxente" nosso vem do ingles "Oh, shit" que quer dizer "Ih, que merda" e foi introduzido no nosso portugues pelos engenheiros britanicos que construiram as nossas estaradas de ferro no comecinho do seculo passado. Enquanto o "OK" vem, na verdade, do grego (Ola kala) e quer dizer "tudo bem". Entao, na verdade, seria preferivel preferir o OK, ja que o portugues deriva, em muito, do grego ao inves do Oxente que eh uma sutil imposicao cultural dos grigos na nossa lingua. Alem do mais, o OK eh universal, presente nao apenas no ingles mas em todos as linguas modernas.
E eu que sempre penseu que "Oxente"vinha mais simplesmente de "Oh, gente", assim como "Vixe""vem de "Virgem", dai "Vixe Maria!
Mas, sei lá, a etimologia dos termos cearenses é meio confusa mesmo.
Marinho, suas observações etimológicas lembram as explicações recorrentes para "forró", que teria vindo de "for all", quando os americanos ocupando nossa Rio Grande do Norte sob os auspícios do Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra, teriam "inventado" o termo em relação ao... forró.
Até onde sei, a expressão "oxente" tem sua origem na frase "Oh minha gente", que logo foi reduzida para "Oh gente!". De acordo com forma de falar na região, que usualmente pronuncia GE como XE ou RRE, o termo tomou a forma de "Ôxente".
(E eu fico como o Suassuna, ok?)
Nirton, lembra daquelas fotos que te mandei dos americanos no campo do Pici, e que aparece já o termo PICI FIELD, derrubando, portanto aquele folclore de que o nome do bairro viria de "Post of command"?
Lembro, sim, Ricardo. Há muito lenda em cima de fatos.
Voces podem estar certos, e se estiverem, estarao certos sobre a parte do "Oxente"; quanto ao OK, nao ha disputa quanto a isso. Mas, meu caro Nirton Venancio, a explicao sobre o oxente nao me convence porque se assim o fora o "oxente" seria pronunciado, pelo menos em algumas regioes do Ceara como "Orrente". E nao eh o caso. Alem do mais, o oxente e o "oh, shit" tem a mesma funcao semantica nas duas linguas e sao pronunciados quase da mesmissima maneira.
Marinho, que "oxente" é uma forma aglutinada de "oh, gente", eu não tenho dúvidas. As variações de pronúncia são possíveis, sim. Não somente a verve radical (e válida) do Suassuna, quanto as afirmações e estudos de folcloristas como Câmara Cascudo, Veríssimo de Melo, e outros que agora não me recordo os nomes, já me convenceram sobre o "oxente". Mas o bom mesmo é essa inquietação: a unanimidade é muito monótona, nénão?
ne nao, ne?
com tantas andanças pelo mundo afora, nunca perdi meu oxente =)
Caro Nirton, será que 'oxente' não é uma corruptela de 'oh shit"?
Para mim o que interesa é o que está implícito na mensagem do Arianoi Suassuna, ou seja: "prefiro preservar a minha cultura do que me submeter ao colonialismo cultural".
... mar meu povo deixem de estrepolias, e rumbora fazer marmotas num forró que é mió, ramo se avexe, oxente tá tudo OK!!! E num se enfezem naum, rsrs...
Paulo, quando coloquei a frase do Suassuna a minha intenção era exatamente essa: a mensagem implícita. Sou um defensor (às vezes até chato - e assumo) da nossa língua portuguesa, da nossa identidade cultural, de nossos valores históricos.
É essencial se manter a coerência durante uma conversa, mas também acho legal quando, depois de se entender a opinião do autor, o assunto principal vira como que um mote, e a conversa, que começou de um jeito, vai se perdendo pelo caminho, até a gente não saber mais nem do que estava falando! Pode acabar não dando em lugar algum, mas a gente de diverte um bocado!
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