Foto: Raoul Coutard
“A realidade é muito complexa para ser transmitida pela tradição oral”. Esta é a frase que abre o filme “Alphaville, de Jean-Luc Godard.
Numa cidade futurista, um computador aboliu os sentimentos de todos os habitantes. Um agente chega ao local para convencer o inventor a destruir a máquina.
Com esse enredo, Godard (1930-2022) realizou em 1965 um filme que poderia ser feito nestes esperançosos e ao mesmo tempo distópicos e algorítmicos anos 2000. Há dias em que temos menos manhãs, em que somos engolidos pelo que inventamos.
Alphaville é uma premonição a 24 quadros por segundo. Como a realidade é muito complexa, o cinema inventa a memória do futuro.
Abaixo, a atriz Anna Karina e o diretor num intervalo das filmagens. Um olhar vê o cinema em movimento.
Hoje, 95 anos de nascimento do visionário Godard.
