foto Valéria Gonçalves/AE
O dramaturgo Mário Bortolotto, 47 anos, fundador do grupo de teatro Cemitério de Automóveis, e o músico Carlos Carcará foram baleados no bar do Espaço Parlapatões, localizado na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo na madrugada do sábado passado. Mário reagiu ao assalto e o seu estado é grave. Mas as últimas notícias que li é que ele está se recuperando bem. Carlos foi menos atingindo e não corre risco.
Mário é um dos melhores dramaturgos brasileiros, em atividade há mais de 20 anos e autor de 40 peças, sempre aplaudidas, sempre referenciadas como um teatro incitante, provocante, criativo. Um novo e necessário Plínio Marcos. Sua peça "Nossa vida não vale um Chevrolett" serviu de base para o filme "Nossa vida não cabe num Opala", dirigido por Reinaldo Pinheiro em 2008.
Conheci Mário numa das edições do Festival Ibero-Americano de Cinema (Cine Ceará) quando ele apresentou um curta. Com seu jeitão beatnick, Bortolotto é de uma inteligência rara. Seus textos refletem uma inconformidade diante de uma realidade burra, sedada pela aceitação da mesmice midiática. Seu blog, ironicamente intitulado Atire no Dramaturgo, é leitura imperdível, se destaca neste universo incomensurável da internet muitas vezes mal aproveitado e recheado de bobagens.
O site Digestivo Cultural fez uma ótima homenagem ao Mário publicando um ensaio sobre uma noite insone assistindo ao programa Jô Soares. Concordo com o dramaturgo, é o que eu acho sobre o humorista-apresentador. Leia aqui.
E torcemos para que ele volte logo à cena.
2 comentários:
Ele é um grande artista, espero que se recupere logo.
Li que ele tá melhorando
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