"Existe algo mais importante do que a lógica: é
a imaginação. Se pensamos primeiramente na lógica, não podemos imaginar
mais nada."
Alfred Hitchcock, o mestre do suspense. O único. O inimitável.
O CCBB Brasília começa hoje, e segue até 4 de
agosto, uma mostra com 53 produções, com todos os seus longas e a série
que ele apresentou para a televisão americana de 1955 a 1962, contando
268 episódios.
Ver ou rever sua filmografia é sempre interessante,
mas a oportunidade de conhecer essa série é uma das atrações imperdíveis
da mostra. Conheço alguns, quero ver todos.
Cada episódio,
alguns dirigidos pelo próprio Hitchcock, durava 30 minutos e era
apresentado após uma breve vinheta acompanhada sempre pela Marcha
Funeral das Marionetes, de Gounod.
Com o estrondoso sucesso da
série, os episódios foram aumentados para uma hora de duração, e geraram
uma nova série, "The Alfred Hitchcock Hour", com mais 3 temporadas até
1965. Muito mais criativo do que essas temporadas feitas "em série" das
tvs pagas de hoje.
E para quem acha que suspense são esses
"sustos" explícitos que contaminam as salas multilplexes, é uma chance
de conhecer o que é realmente o suspense com inteligência. Uma das
piores coisas que vi ultimamente, que a chamada "crítica especializada"
elogiou, foi um tal de "Mama", produção espanhola-canadense cometida por
um tal Andrés Muschietti. Uma aberração, uma idiotice, digamos,
monstruosa, usando um adjetivo adequado.
Parafraseando o
mestre, existe algo mais importante do que a lógica digitalizada, é a
imaginação que esse cineminha hollywoodiano não tem.
A produção local da mostra é da competentíssima produtora e cineasta Daniela Marinho.