A escritora Mariana Colasanti gravou o vídeo acima às vésperas de completar 80 anos. Achava que não chegaria a tanto, disse. A vida prorrogou mais sete anos.
Passo agora a conviver com sua ausência e sua presença em seus livros em minha estante, esses passadiços horizontais em que se guardam dorsos verticais de tempo.
Pego o exemplar de Eu sei, mas não devia, de 1995, e leio trechos da crônica de título homônimo.
“Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia. (...) A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. (...) A gente se acostuma, para poupar a vida.”
Sua literatura chegou ao meu coração, como ela desejou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário