A criança fofinha da foto é a autora do livro Contagem Depressiva, Simone Gadelha, hoje a compositora e cantora sem o "Si" e sem o chapeuzinho no sobrenome: Mona Gadelha, minha conterrânea, amiga, gente com residência no lado esquerdo do meu peito.
Esse é o primeiro livro dela, de 1980, feito artesanalmente, ali na
raça, com aquela impressão gráfica bem rústica, como um mimeógrafo
melhorado, com uma tiragem limitada. Gosto muito dessas publicações.
Sempre têm histórias interessantes.
E minha história com esse
livro é marcante. Primeiro, me pegou pelo título, esse trocadilho que
provoca reflexões, digamos, existenciais. E isso é bem característico de
uma certa época de inquietações nas nossas vidas. Depois esses
desassossegos aos poucos são "civilizados"... ou sucumbimos de vez. Na
época do lançamento do livro, em Fortaleza, eu não tinha tanta
proximidade com a Mona. Até onde eu chegava a ela, era diametralmente
oposto à minha admiração. Mona cantava blues, Mona encantava rock, Mona
sorria canções. E conjugo os verbos no presente.
Não consegui o
livro e li através de um amigo, numa tacada só, no hall no Cine Center
Um, antes de uma sessão de Cinema de Arte. Os textos pra mim são
misturas de contos e crônicas, escritos que dissecam amores, desamores,
esperanças.
Outro dia conversando via Facebook com Mona,
disse-lhe que faltavam alguns CDs dela no meu escaninho emocional, e
comentei do livro. E ela mandou os discos e um dos poucos raros
exemplares que lhe restam.
Valeu a contagem regressiva!
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