sexta-feira, 5 de maio de 2006

o perfume da música

foto Idéale Audience - Imovision / Divulgação

"Minha vida é música e minhas visões musicais nos filmes. A música me levou à carreira cinematográfica em 1989. Durante 15 anos, rodei filmes apenas sobre música clássica e, certo dia, em 1996, um amigo me levou a um concerto da Maria Bethânia no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça. Este concerto foi uma revelação para mim, porque não tinha qualquer relação com o Brasil ou sequer conhecia a música brasileira. Fiquei bastante impressionado pela Bethânia como artista, sua dramaturgia no palco, seu riso e sua generosidade, seu repertório e, sobretudo, sua musicalidade. Foi também a primeira vez que fiquei no meio do público, do povo brasileiro que estava cantando e quase respirando a artista no palco. Lembro também que a estrutura das melodias de cada música que ela cantava me agradou muito. Havia intervalos que levavam a melodia a algum lugar que eu nunca escutei antes e nunca acabava no kitsch."

Trecho da entrevista no jornal O Povo de hoje com o cineasta francês Georges Gachot. O seu filme "Maria Bethânia - Música é perfume", foi produzido pelo canal francês ARTE e já exibido em circuito cinematográfico na Europa. O cineasta passou cinco anos, de 1998 a 2003, pesquisando não só sobre Bethânia, mas sobre a música brasileira. Ano passado o documentário foi apresentado na 29ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, e está em cartaz em várias capitais do Brasil.

A entrevista na íntegra pode ser lida na página
http://www.noolhar.com/opovo/vidaearte/591221.html

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