Recuso-me
a ficar insone madrugada a dentro assistindo entrega de Oscar: essa
festa careta, com suas apresentações pirotécnicas e ocas, com seus
apresentadores com piadinhas sem graça, com suas estrelas enfeiuradas
com vestidos esquisitos, tudo celebrando um cinema medíocre, previsível,
acomodado, salvo raras exceções de um e outro filmes pretensamente
ousados, um e outro cineastas estrategicamente desobedientes aos ditames
de uma cinematografia acadêmica e dominante.
Na foto acima, Orson Welles, que só ganhou um Oscar em toda sua ótima
filmografia: pelo roteiro de "Cidadão Kane", em 1941. Perdeu Melhor
Filme para "Como era verde o meu vale" (muito sintomático!), de John
Ford, e ator para Gary Cooper em "Sargento York" (mais sintomático ainda
para o bélico público americano).
12 comentários:
Eu nem me presto a este papel.
Disse tudo!
Eu vou é continuar legendando os filmes mudos que baixo que é melhor e mais divertido. =)
tudo mesmo.
Até porque, depois que assisti DRIVE no cinema e descobri que a única indicação que levou foi de edição de som, aí é que eu me recuso a prestigiar esse high society mesmo. rs
Certíssimo!
De meados de 2011 até aqui, devo ter visto entre sete a nove filmes presentes nas listas de mais cotados às estatuetas deste ano. Até agora, nenhum que me tenha de fato impressionado. Meia-Noite em Paris tem lá seus méritos -- e um "plot" genial . Histórias Cruzadas tem os desempenhos notáveis de Viola Davies e Octavia Spencer (melhor como coadjuvante, creio, do que Jessica Chastain). Cavalo de Guerra, as belas sequências em que o cavalo é a grande estrela. Rio, que concorre na categoria "canção original", a meu ver, foi a menos interessante das animações do Carlos Saldanha. A Árvore da Vida ?!! Não entendi a inclusão na lista de "melhor filme". Agora, não posso deixar de citar o espetacular desempenho de Meryl Streep, tocante como Margaret Thatcher, antes e depois de alçada ao poder. Sobre a cerimônia do Oscar em si, acho-a altamente maçante, com seus desfiles de indumentárias cafonas, seu festival de números musicais dispensáveis e suas piadas quase sempre estúpidas.
Ah, Nirton, e adorei a escolha do Orson Welles para ilustrar seu post crítico :-)
Gostaria que tivesse 99 opções "curtir", para eu poder curtir esse comentário 99 vezes
To contigo ! Não vejo essa festa cafona do cinema hegemônico que domina o mercado mundial e oprime as cinematografias nacionais com sua políitica comandada de dentro de State Dept !
Concordo inteiramente com você, Nirton.
assino em baixo, querido! inteiramente de acordo!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Postar um comentário