"A sociedade de consumo consegue tornar permanente a insatisfação. Uma das formas de causar esse efeito é depreciar e desvalorizar os produtos de consumo logo depois de terem sido alçados ao universo dos desejos do consumidor. O que começa como necessidade deve terminar como compulsão ou vício. E isso implica velocidade, excesso e desperdício."
- Trecho da resenha do sociólogo carioca Luiz Guilherme Beaurepaire, em sua página https://www.bonslivrosparaler.com.br, 30/7/2019, sobre o livro Vida líquida, 2005, do polonês Zygmunt Bauman.
E nada mais icônico que possa ilustrar a compulsão do mundo contemporâneo do que o código de barras, essa representação gráfica de dados alfanuméricos, escaneados por maquininhas com raios vermelhos, decodificando o consumismo desenfreado de cada dia.
Oficialmente a primeira vez que o código foi lido comercialmente ocorreu em um supermercado em Ohio, EUA, em 26 de junho de 1974. O produto escaneado foi um simples tablete de chicletes Wrigley's, não tão à toa um produto tipicamente de costume norte-americano, descartável, insatisfatório, impermanente...
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