sexta-feira, 26 de junho de 2009

o eterno Billie Jean

foto LastFM

Quando Madonna veio ao Brasil recentemente, pensei “se fosse o Michael Jackson daria um jeito de ir ao Rio..." Não sou de me despedaçar por nenhum artista, mas alguns internacionais merecem pelo menos calcular o esforço de sair de Brasília e ir ao Rio ou São Paulo assistir ao show. Nomes como Tom Waits, Dead Can Dance, Yello, B.B. King, Bob Dylan, Chuck Berry, Roger Waters, Leonard Cohen, Morphine, Nick Cave, Keith Richards (não exatamente o Rolling Stones), Amy Winehouse... e o maior astro pop, Michael Jackson.

Estava lendo na internet sobre a morte da "pantera" Farrah Fawcett quando me deparei com a notícia de Michael Jackson. No final do ano passado o jornal inglês The Sun publicou uma matéria em que o biógrafo do cantor, Ian Halperin, dizia que ele sofria de uma doença genética que o deixou parcialmente cego do olho esquerdo, além de precisar de um transplante de pulmão, e, o que era pior, um sangramento gastrointestinal que os médicos tinham dificuldade para controlar, o que poderia matá-lo. A morte dele ontem foi anunciada ainda envolta em mistério. Parada cardíaca, provocada por abuso de medicamentos é o que está sendo divulgado. Mesmo sabendo da debilidade da saúde de Michael Jackson, todos ficaram surpresos e comovidos com a notícia. Eu fiquei. Estou.

Michael Jackson foi o maior cantor e ídolo da música pop. Um dos seus melhores discos, "Thriller", de 1983, consolida a indústria fonográfica, e praticamente revoluciona a linguagem e a estética do videoclipe. Nesse disco está uma das belas canções dos últimos tempos, pela sua musicalidade alegre e dançante, "Billie Jean". De certa forma, ela soa diferente do mundo exótico de Michael. É uma simples linha rítmica composta em uma bateria, um determinante baixo que dá potência e uniformidade à música, tudo com o auxílio luxuoso dos arranjos e produção do maestro Quincy Jones. "Billie Jean" é um clássico contemporâneo. Caetano Veloso, no disco de 1986, fez um ótimo medley de "Billie Jean" com o samba "Nega maluca", de Fernando Lobo e Ewaldo Ruy, e "Eleanor Rigby", de Lennon e McCartney.

Michael estava às vésperas de iniciar uma turnê com cinquenta shows pelo mundo, começando por Londres - e eu torcia pra que viesse ao Brasil. A imprensa propagava como uma reviravolta em sua carreira, por conta da decaída na última década, envolvimentos em escândalos e a sempre questionada transformação física. Acredito que seria uma volta triunfante, ele nunca deixou de ser ouvido, adorado, reverenciado pelo mundo inteiro. Os ingressos para o show em Londres já estavam esgotados, e seria assim por onde passasse, Billie Jean.

4 comentários:

  1. nirton, também acho que o michael jackson foi o maior idolo moderno. Tô chocado com a morte dele.

    ResponderExcluir
  2. Fiquei muito triste. Difícil aceitar a morte de um ídolo, seu talento musical era indiscutível. Achei que ele era imortal assim como suas músicas.

    ResponderExcluir
  3. Zeus, a morte de Michael Jackson vai gerar muito especulação, mas sua música e seu talento serão preservados.

    ResponderExcluir
  4. Doce Cris, a gente tem sempre esse desejo que nossos ídolos sejam imortais... e são.

    ResponderExcluir